A doce senhorinha acorda cedo.
Experimenta pulseiras e anéis nos dedos.
Alisa pela ultima vez a roupa escolhida um dia antes.
Espalha cremes nas mãos,
Espalha brincos na penteadeira,
Firma os cachos com jatos de laquê.
Combina a camisa floral, com os chinelos florais, com o lenço floral que ajeita sobre o pescoço.
Olha pela janela do hotel a praia que para ela é um brinco, ou até uma princesinha do Mar.
Reconfirma as combinações.
Alinha mais uma vez os cabelos, com as pulseiras, com o lenço.
Aplica um rosa sobre as maças em cima do protetor solar.
Nao se esquece do colar.
E então, no espelho, o retoque final:
Duas ou três colheres de sopa de seu perfume profundamente penetrante escorrem pelo pescoço inundam o vale dos seios, espalham pela barriga e molham seu ventre.
O perfume agora é a arma da doce senhora. A garantia que será notada. Uma resposta aqueles que insistem em chamá-la de tia.
Sai de seu quarto e ao pegar o elevador que a leva ao salão do café, mata dois hospedes.
Por dulcíssima asfixia.
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