Será que eu tenho que seguir
esse caminho,
Onde tudo queima e ofende?
Será que eu devo acender a luz
desse quartinho,
onde guardo minhas fraquezas?
E em que gaveta eu guardo essas
certezas?
Num arquivo morto onde estão as
provas que sou torto.
Onde está a mochila pra carregar
meu piano
de estratégias, carreiras e
planos?
Se tudo ficasse claro,
até o fim da minha linha
num disparo?
Ou se tudo fosse breu,
e não enxergasse mais nada e nem
mesmo eu.
As velas que acendo estão na
janela,
As velas que icei estão no mar.
Talvez sopre um vento e as apague.
Talvez outro vento me leve navegar.
Vamos aprendendo a viver em dúvida.
Já que a vida está sempre
em dívida.
Com a fome, a sede e a vontade de voar.
Vou me equilibrar.
Vou me aprontar.
Entro em cena a qualquer momento.
Um João bobo na corda bamba.
Toda vez que eu penso,
que todo mundo morre sozinho.
Toda vez que eu penso,
que todo mundo morre sozinho.
Estico meus dedos pra te trazer
pertinho.
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